Eu caminho por entre os vários
territórios de mim mesma e não consigo notar nenhuma vida desabrochando,
nenhuma luz. Em sua ausência, a vida se esconde de mim. Desligo-me, toda vez
que me despeço de você. Não sinto suas chamas e sou gelo. Não vejo seu olhar
sobre mim, então estou perdida.
Você é todo o meu céu. O medo
passa despercebido em minhas veias. O medo. O medo de pulsar num ritmo
desordenado, de atrasar o passo ou tropeçar na rapidez dos fatos. Que mundo é
este para o qual você me trouxe? Esse mundo que me roubou, que me fez tão
livremente presa?
Quantas incertezas mais vão
reafirmar o nosso encontro? Quantos dias arrastados vão se passar, até que
sejamos carne um do outro novamente? Quanto tempo pra meu renascer? Quanto
tempo pro resgate que só você pode fazer?
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