terça-feira, 2 de agosto de 2011

Reencontro.

Por vezes carregamos a solidão como fardo; em outras ela nos serve de presente.
Toda solidão tem que ser bem aproveitada. Este é o pensamento que me ocorre quando estou só. A música tem esse dom de nos fazer caminhar sobre as suas notas, nos fazendo transbordar de emoções de diversos níveis no mesmo pequeno espaço de tempo.
Perfeição! Soa tão utópico e ainda assim carrega a relatividade nos braços. O errôneo dá brilho ao correto e isso pode ser a perfeição para mim. A superação ou o desenho engraçado que as coisas “errôneas” trazem são recebidas por mim como pedaços magníficos de humanidade. E esta é a perfeição pra mim. Aquele dia em que você esbravejou por ter tomado uma decisão errada, aquela que lhe trouxe posteriormente uma boa surpresa, no fim não lhe parece tão encantador?
Tenho aprendido a olhar o mundo de forma que ele caminhe até mim mostrando seus detalhes, suas surpresas, o talento que tem de nos surpreender com coisas tão simples e que mesmo assim enchem os nossos olhos. Tinha abandonado o mundo porque tive a sensação de que ele tinha me abandonado e isso ocorreu porque havia fechado os olhos para tudo que a natureza e a arte podem trazer pra perto. Reabri os olhos, renasci pro mundo para que ele pudesse renascer pra mim. E agora a arte é parte do meu ser, a natureza grita em meu corpo. É como se eu fosse a arte, como se eu fosse a natureza.
A arte, o som e a natureza num plano só.